Saturday, May 26, 2007

Monday, May 07, 2007

O que é Rio Povo?

Rio Povo é uma criação inter-associativa efémera, com dois espectáculos a ter lugar em pleno Rio Águeda, marcando de forma indelével a síntese entre a tradição local (fortemente associada ao rio, na sua função cultural transmissora entre a serra e o litoral) e o discurso artístico contemporâneo que se lhe quer associar pela acção e reacção dos novos agentes culturais de Águeda.

Este conjunto de dois espectáculos traduz, por diversas linguagens, as vivências de um povo com tanto de real como de imaginário e que, subindo do mar ou descendo da serra, enraizou as margens do Rio Águeda. Centraliza como inspiração dominante, entre outras tantas tradições, a ancestral azáfama do Cais das Laranjeiras e a animação festiva do Largo da Sra da Boa Morte, retratadas respectivamente nas duas noites consecutivas da apresentação de Rio Povo: a primeira parte representa um dia de trabalho (sexta 13 Julho) e a segunda parte representa um dia de festa (sábado 14 Julho), ambas as facetas na sua mais íntima relação com o leito estival do Rio Águeda.

Há cerca de seis anos que o presente projecto matura entre os seus responsáveis artísticos. Um primeiro guião foi concebido para uma abortada tentativa de realização por falta de meios, tendo em conta a dinâmica logística e financeira de uma operação artística tão ousada. Dessa altura, contudo, remanesceu a maqueta construída e o envolvimento de grande parte do contingente de grupos e associações que estarão na concretização deste projecto em Julho de 2007.

Em finais de 2006, com a alvorada de um suporte ao projecto por parte da Câmara Municipal de Águeda e d'Orfeu Associação Cultural, o núcleo de responsáveis artísticos foi motivado a actualizar o guião de Rio Povo e a encetar a necessária mobilização, processos que se vêm adensando com um propósito que, desta vez, tem local e data marcada: Rio Águeda, 13 e 14 de Julho de 2007.

A montagem do duplo espectáculo "Rio Povo" ocupará o leito do Rio Águeda, de uma à outra margem, com a instalação de múltiplas estruturas em madeira (ver maqueta), pelas quais se distribuirão os elencos e as cenas de Rio Povo, com orquestra, coros, uma banda filarmónica, tocatas, músicos, actores, dançarinos e bailarinos, outros performers e ainda toda uma série de recursos visuais e multimédia (vídeo-projecção sobre volumes, pintura em tempo real e pirotecnia), numa produção de grande impacto. Este projecto representa um desafio aos criadores de cada uma das artes e técnicas envolvidas.

Além de um dique a jusante e dois cais em plena cena, a margem esquerda completa o não convencional auditório no rio, com a reutilização das intactas bancadas da antiga piscina fluvial, cuja lotação será reforçada com a instalação de uma bancada anterior amovível, num total de cerca de 1000 lugares sentados para público.

A reboque do formato inédito do projecto Rio Povo, é declaradamente um objectivo a aplicação dos conceitos emergentes das artes do espectáculo ao serviço da cultura tradicional e a contínua inovação artística a partir das matrizes tradicionais. Isto reflectir-se-á ao nível da cenografia, por exemplo, com a recuperação de engenhos antigos e a exploração de materiais da tradição num contexto contemporâneo. O mesmo sucederá ao nível musical, com o arrojo de muitos novos arranjos do repertório tradicional local ou com a aparição de ensembles de formação inusitada para a sua interpretação. Ou como o teatro e a dança estarão libertos de amarras e encaminharão a narrativa "Rio Povo" a um discurso transversal e actualizado.

O processo de concepção de "Rio Povo" é influenciado em toda a medida pelo contínuo desenvolvimento do guião original, dramaturgia e linhas narrativas, que suportarão o carácter inter-disciplinar do duplo espectáculo. Com base na evolução da maqueta e da concepção plástica (cenografia e figurinos) se joga também muito do discurso artístico do projecto Rio Povo. Ambos os tratamentos estão a ser desenvolvidos paralela e solidariamente pelo colégio técnico e artístico de responsáveis.

O envolvimento de todos os elencos participantes iniciou-se já, com a apresentação do guião e do conceito artístico de "Rio Povo", em encontros sucessivos junto de cada uma das associações. Durante os meses vindouros até Julho, a metodologia de trabalho sustenta-se nas multiplicidade de oficinas a realizar com os elementos dos grupos participantes, qualificando-os nas diferentes disciplinas artísticas, em workshops específicos orientados pelos responsáveis especialistas e/ou por convidados.

Participa no Rio Povo um imenso leque de associações/grupos do concelho de Águeda, para além da equipa coordenadora constituída por elementos de entre as associações participantes: Com.Cenas Associação Cultural, d'Orfeu Associação Cultural, Grupo Folclórico da Região do Vouga, Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga, Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães, Grupo Típico O Cancioneiro de Águeda, Orfeão de Águeda, Orquestra Típica de Águeda, Os Serranos Associação Etnográfica, Sociedade Musical Alvarense, aos quais se juntam ainda contributos, ao nível estrutural, da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, do Agrupamento de Escuteiros de Águeda, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águeda, Câmara Municipal de Aveiro, Escola Secundária

Marques de Castilho, Ginásio Clube de Águeda, Junta de Freguesia de Águeda, Margens – Desporto & Aventura, Núcleo Desportivo de Bolfiar e Sítio do Passal. Assim, "Rio Povo" concretizará uma multi-parceria de contornos inéditos, com uma finalidade comum de absoluta pertinência para o contexto associativo local, ávido que está de envolvimento na inovação de propostas artísticas.

Em Rio Povo, Águeda redescobre-se como um povo entre o imaginário e real, cujo rio é um filho da Serra e do Mar. Este povo é símbolo de todos os povos que têm um rio como fonte e suporte de vida. A iniciativa é artística, contudo resultarão dela efeitos socioculturais que a cidade agradecerá: uma sensibilização e a revitallzação da importância do rio, dos recursos que ele emana e da sua vivência pelos cidadãos (começando pelo público cultural, mas por aí não se ficando); a recuperação da antiga piscina fluvial como espaço de memórias de várias gerações, transformando-a em local cultural para o presente e o futuro, estimulando a produção de eventos em locais abandonados e com história local; a devolução do rio à cidade, algo que as inúmeras iniciativas sociais ou políticas não têm almejado e que acreditamos poder ser a Cultura uma alavanca eficaz.

Texto: Luís Fernandes | Compilação: equipa coordenadora

Tuesday, May 01, 2007

Apresentações às Associações

Maio 2007, Apresentação Com.Cenas

Sexta 13 Abril 2007, Apresentação no Adro
Orquestra Típica de Águeda, O Cancioneiro de Águeda e Os Bombeiros

18 de Abril, Apresentação no Conservatório de Música de Águeda

17 Abril, Apresentação no Orfeão de Águeda

14 de Abril, Apresentação no Grupo Folclórico da Região do Vouga

Sábado 07 Abril 2007, Apresentação na Banda Alvarense
Visita à Banda Alvarense 18h30, com descrição do espectáculo e da intervenção da banda.

6 de Abril - Apresentação na EMtrad/d'Orfeu

5 de Abril, apresentação em Belazaima

14 de Março, Apresentação no Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães

17 de Janeiro, 1ª Apresentação pública
Apresentação às associações culturais em reunião na Câmara Municipal de Águeda